Autora de estudo alerta para extinção de espécies

Autora de estudo alerta para extinção de espécies
De  Ricardo Figueira
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Rachel Warren faz parte do grupo de autores de um alarmante estudo encomentado pela WWF - World Wildlife Fund - sobre os efeitos do aquecimento global nas zonas do planeta com maior biodiversidade.

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Segundo um novo estudo, cerca de metade das espécies de plantas e animais nas zonas mais ricas do planeta em termos de natureza, como a Amazónia ou as Galápagos, podem estar extintas no virar do século. É talvez um dos mais alarmantes estudos sobre vida selvagem algum vez feitos e um alarme importante a respeito do aquecimento global.

Rachel Warren, professora na Universidade de East Anglia e um dos autores deste estudo, aceitou comentá-lo para a euronews.

Entrevista

Ricardo Figueira, euronews: Em primeiro lugar, quantas espécies podemos perder e quais?

Rachel Warren, investigadora: Quando nos debruçámos sobre estas 80 mil espécies, olhámos apenas para as zonas ricas em biodiversidade. Os cães selvagens de África ou uma variedade de tartaruga marinha são apenas dois exemplos de espécies que podem ser afetadas. O verdadeiro poder do nosso estudo reside no número ser de 80 mil, o que significa que os resultados são muito robustos.

Estamos a falar sobre a extinção em locais específicos, aqueles a que chamam locais prioritários. Mas será que podemos falar também em extinção a nível global, relativamente a alguns animais ou plantas, ou ambos? E quais?

Não referimos exatamente quantas espécies podem ficar extintas, mas o que podemos dizer é que quanto mais a diversidade de uma espécie se perde, mais provável é que fique extinta.

Defende reduzir a meta do aquecimento global dos dois graus centígrados acima dos níveis pré-industriais, que é a meta do acordo de Paris, para 1,5 graus. É um número realista? Acha que seria eficaz?

Este estudo apenas quantifica os benefícios da redução do aquecimento global de 4,5 graus, que é o que aconteceria se o mundo agisse como se o acordo de Paris não existisse, para dois graus, que é o que aconteceria se os países fizessem muito mais que o que prometeram. Se conseguirmos reduzir para dois graus, evitamos metade do impacto e dos riscos para a biodiversidade. Obviamente, se conseguirmos reduzir para uma meta abaixo dos dois graus, são ainda mais os riscos que podem ser evitados. Mas não falamos disso neste estudo em particular.

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