Quem matou Marielle Franco?

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De  Nara Madeira
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Por agora não há respostas sobre o assassinato da vereadora brasileira e do seu motorista, apenas perguntas.

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TV Globo diz que as balas que mataram a vereadora Marielle Franco e o seu motorista foram compradas pela Polícia Federal do Brasil.

Quem matou Marielle Franco? Continua a ser a pergunta que muitos cariocas, e não só, se colocam e demonstraram-no saindo para as ruas, quinta mas também já esta sexta-feira.

A polícia procura respostas. Para já a linha de investigação parte do pressuposto de que se tratou de um crime político, nada aponta para outro cenário. O de roubo foi descartado já que nada foi levado.

O Partido Socialismo e Liberdade, do que fazia parte a vereadora do Rio de Janeiro, promete não parar até que os culpados sejam encontrados e lança acusações à atuação do governo central:

"A gente está cobrando, com muita força, as autoridades. Está exigindo que o poder central do Brasil investigue, que apure. A gente quer que isso aconteça o mais rápido possível. O Rio de Janeiro está sob uma intervenção militar que, na nossa opinião, não vai resolver o problema de segurança do Rio de Janeiro. É uma medida de propaganda política do governo Temer.

A execução da Marielle é um exemplo de que essa intervenção não está a trazer resultados, nem trará, mas a gente não vai admitir que a morte da Marrielle não seja solucionada, e não se saiba tanto quem mandou como quem executou esse ato bárbaro esse crime que está marcando o Rio de Janeiro e a gente não vai deixar isso passar, não vai deixar isso passar", explica Honório Oliveira, dirigente do PSOL, no Rio de Janeiro.

Mas quem era Marielle Franco, a vereadora que representava, pela primeira vez, o Rio de Janeiro e que tinha sido uma das mais votadas nas últimas eleições:

"Foi uma ativista dos Direitos Humanos teve sempre uma postura muito intransigente em relação à defesa da população mais pobre, dos negros e negras, da população de favela e como vereadora não recuou nas pautas, ela seguiu sendo bastante combativa nas pautas que ela, que nós sempre defendemos", adianta o responsável político.

Marielle Franco, e o seu motorista foram assassinados na noite de quarta-feira, na viatura em que seguiam por ocupantes de uma outra que se colocou ao seu lado. A forma como tudo aconteceu leva a crer que a vereadora estivesse a ser seguida.

Mas este não é o primeiro caso de "execução" num país onde política e criminalidade andam de braço dado:

"O Brasil vive uma crise muito profunda. Aqui existe uma associação muito intima entre crime e política. E isso está inseminado na maioria das colorações partidárias, isso não é privilégio de um só partido. Com a crise económica esse quadro se agravou porque a crise económica impôs, ao Brasil, uma situação de crise que eu costumo chamar de crise perfeita: é uma crise social, económica, política e institucional também", refere Honório Oliveira.

O Exército não ajudou a impedir os dois assassinatos, ainda assim o presidente brasileiro diz que ele vai permanecer na cidade maravilhosa.

As reações à morte da ativista e política multiplicam-se:

A última luta de Marielle Franco:

Editor de vídeo • Nara Madeira

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