O embaixador russo junto da União Europeia, Vladimir Chizhov, falou com a Euronews sobre as mais recentes acusações de Moscovo sobre a origem do agente neurotóxico utilizado no Reino Unido
O Reino Unido conseguiu, esta segunda-feira, o apoio dos chefes de diplomacia da União Europeia e da NATO no caso Skripal. Reunidos em Bruxelas, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 28 condenaram o envenenamento do antigo russo Sergei Skripal e da filha e consideraram "altamente" provável o envolvimento da Rússia.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, fala de uma situação sem precedentes.
"Os ataques em Salisbury foram os primeiros com um agente neurotóxico no território da Aliança Atlântica. A Rússia demonstrou até, agora, um claro desrespeito pela paz e pela segurança internacionais. Continuamos a pedir à Rússia que forneça à Organização para a Proibição de Armas Químicas todas as informações sobre o programa Novichok" refere secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.
A Euronews falou com o embaixador russo junto da União Europeia, Vladimir Chizhov, sobre as mais recentes acusações de Moscovo sobre a origem do agente neurotóxico utilizado no sul de Inglaterra.
Damon Emblin/Euronews: Disse que o agente neurotóxico que foi usado no Reino Unido poderá ter saído de um laboratório britânico. Tem provas tem disso?
Chizhov: "Quando falei sobre a questão disse que não tinha provas. Não as tenho neste momento. Não tenho qualquer prova e o meu governo não tem provas que o um agente neurotóxico tenha sido usado."
Damon Emblin/Euronews: Nesse caso, porque disse que poderia ter vindo de um laboratório britânico?
Chizhov: "Bem, eu apenas mencionei a proximidade geográfica entre a instalação militar de Porton Down, oito milhas, que fica muito mais perto que Moscovo ou outro local."