Líderes europeus e presidente turco encontraram-se na Bulgária.
Bruxelas diz que a Cimeira entre a União Europeia e a Turquia em Varna, na Bulgária, foi positiva, mas a verdade é que nenhuma decisão concreta foi tomada relativamente aos temas que mais preocupam o bloco.
Bruxelas demonstrou-se preocupada relativamente às recentes incursões militares turcas em Afrin, na Síria, e pediu contenção na chamada Operação Ramo de Oliveira - assim batizada pelo Governo turco.
A questão da chamada crise dos migrantes e refugiados ficou, também, sem qualquer solução e o problema deverá continuar a opôr Ancara e a Bruxelas nos próximos tempos.
A Turquia é dos países que mais refugiados do Médio Oriente acolhe, juntamente com o L´ibano e encontra-se na linha da frente do conflitos sírio e iraquiano.
Foi também porta de entrada para os chamados combatentes estrangeiros, cidadãos europeus que, desejosos de se juntarem aos jiadistas do autoproclamado Estado Islâmico ou Daesh (sigla em língua árabe), entravam em território sírio através das fronteiras turcas.
"Estamos satisfeitos com os avanços conseguidos nos últimos meses relativamente à relação com alguns Estados membros," disse Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, depois da cimeira.
"Mas estamos também preocupados com as recentes operações turcas no Mediterrâneo Oriental e no Mar Egeu. Assim como relativamente à detenção de alguns cidadãos europeu," continuou.
Tusk referia-se à detenção de jornalistas e de outros profissionais, não só turcos - no quadro da purga, como é definida pelo Ocidente, levada a cabo depois da tentativa de golpe de Estado militar, em 2016- mas também estrangeiros e com dupla nacionalidade.
O encontro teve lugar quando Bruxelas e Ancara atravessam momentos de tensão, por causa de um diferendo entre Chipre e a Turquia. Em causa, direitos de exploração energética no Mediterrâneo.
Mas, o presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, diz que é um erro, apesar de tudo, rejeitar a Turquia enquanto Estado-membro da UE.
"A Turquia e a União Europeia são parceiros estratégicos a longo prazo. A Europa, que reclama para si o estatuto de potência global, está a cometer um erro grave ao rejeitar a adesão da Turquia."