12 mortos no primeiro dia da "Marcha pelo Retorno"

12 mortos no primeiro dia da "Marcha pelo Retorno"
Direitos de autor REUTERS/Amir Cohen
De  Ricardo FigueiraMiguel Roque Dias
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São as maiores manifestações dos últimos anos na Faixa de Gaza.

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Pelo menos 12 palestinianos morreram, esta sexta-feira, em confrontos com soldados israelitas em vários pontos da fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, no primeiro dia de protestos na chamada "Marcha do Retorno". Ao todo, esperam-se seis semanas de manifestações. Com a participação de 30 mil pessoas, segundo os dados israelitas, estes protestos são os maiores dos últimos anos na região. Os manifestantes ergueram acampamentos em cinco zonas da fronteira que separa Israel do território palestiniano administrado pelo Hamas. Exigem o direito de retorno dos refugiados palestinianos à terra que é agora território israelita. Protestam também contra o bloqueio fronteiriço imposto por Israel e contra o encerramento quase permanente da travessia para o Egito.

Além dos 12 mortos, há várias centenas de feridos resultantes deste primeiro dia de manifestações. Segundo uma fonte do exército israelita, houve tumultos em vários locais. Os militares dispararam contra o que dizem ser os principais instigadores e recorreram a gás lacrimogéneo para dispersar a multidão.

Antes ainda do início dos protestos, um agricultor palestiniano foi morto e outro ficou ferido durante a noite, perto de Khan Younis, no sul do território, na sequência de disparos da artilharia israelita.

A "Marcha do Retorno" pretende ainda evocar a morte de seis árabes desarmados por forças israelitas em 1976 e apoiar centenas de milhares de refugiados expulsos das suas terras, durante o conflito que levou à fundação do Estado de Israel em 1948.

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