Erdogan critica "postura errónea" de Macron

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Recep Tayyip Erdogan não gostou que Emmanuel Macron se oferecesse para mediar o conflito entre a Turquia e as milícias curdas das Unidades de Proteção Popular, que Ancara classifica de "terroristas".

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Recep Tayyip Erdogan criticou duramente, esta sexta-feira, a postura "errónea" de Emmanuel Macron de se oferecer para mediar o conflito entre a Turquia e as milícias curdas das Unidades de Proteção Popular, que Ancara classifica de "terroristas".

O presidente turco fez questão de dizê-lo, a viva voz, ao homólogo francês.

"Gostaria de enfatizar que estamos profundamente entristecidos pela abordagem completamente errada de França. Esperamos que seja resultado de perceções equivocadas. Falei, pessoalmente, com Macron. Percebi que ele dizia coisas estranhas. Então, quando ele disse coisas estranhas, tive de explicar-lhe qual era a nossa posição, mesmo que fosse de uma forma bastante dura", assegura Erdogan.

0.53 tweet of: Turkish Deputy Prime Minister Bekir Bozdag

Em linha com o presidente, o vice-primeiro ministro turco, Bekir Bozdag, escreveu na rede social Twitter que "aqueles que cooperam e se solidarizam com os grupos de terror contra a Turquia ... tornam-se, tal como os terroristas, num alvo."

Bozdag conclui dizendo que espera "que a França não dê um passo irracional ".

Esta sexta-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu às Forças Democráticas da Síria o apoio de Paris para fortalecer a região contra o ressurgimento do grupo Estado Islâmico e prometeu enviar tropas para o território.

Macron ofereceu-se, também, para mediar o conflito no norte da Síria, onde a Turquia lançou uma ofensiva militar, em janeiro, para expulsar as milícias das Unidades de Proteção Popular, também conhecidas como YPG.

Ancara acredita que são uma extensão do PKK, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão.

As milícias curdas fazem parte de uma coligação apoiada pelos Estados Unidos da América.

Esta quinta-feira, Donald Trump anunciou a retirada das tropas norte-americanas da Síria, "muito em breve", para "deixarem os outros cuidarem disso".

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