Envenenamento de ex-espião russo Sergei Skripal, na origem da crise diplomática, é debatido hoje no Conselho de Segurança da ONU
Os 60 diplomatas norte-americanos expulsos pela Rússia saíram ao início da manhã de autocarro da embaixada dos Estados Unidos em Moscovo, acompanhados pelas famílias.
O envenenamento em solo britânico do ex-expião russo Sergei Skripal, que suscitou uma vaga histórica de expulsões cruzadas que afetou cerca de 300 diplomatas, é debatido esta quinta-feira no Conselho de Segurança da ONU.
O Kremlin - que continua a negar responsabilidades - disse hoje ao Reino Unido que as suas próprias "questões legítimas" sobre o envenenamento não podem ser ignoradas.
A Rússia tinha convocado esta quarta-feira os Estados-membros da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), em Haia, sem os conseguir convencer a incluí-la no inquérito. Ao microfone da euronews, o representante permanente russo, Alexander Shulgin, afirmou que "a Rússia [...] não tem arsenais escondidos" e "mostrou um exemplo de atitude conscienciosa face à convenção de armas químicas".
O jornal britânico The Times afirmou que os investigadores do Reino Unido localizaram o laboratório secreto russo que terá fabricado o gás tóxico Novichok usado para envenenar Skripal e a filha em Salisbury, no sul de Inglaterra, a 4 de março.