Foi um dos elementos fundadores do Fidesz em março de 1988 e é, hoje, um dos homens mais controversos dentro e fora da Hungria
Uma das primeiras aparições públicas de Viktor Orbán ocorreu em junho de 1989. Num discurso em Budapeste, por ocasião do enterro de Imre Nagy e de outros mártires da Revolução Húngara de 1956 exigiu eleições livres e a retirada das tropas soviéticas.
O homem que em março de 1988 ajuda a fundar Fidesz assume quatro anos mais tarde a presidência do partido, substituindo a liderança coletiva assumida pelo conselho nacional desde a fundação.
Em 1998, a formação vence as eleições parlamentares com 42 por cento dos votos. Orbán forma uma coligação de sucesso e torna-se o mais jovem primeiro-ministro da Hungria após a queda do socialismo. Um cargo que ocupa entre 1998 e 2002.
As eleições de 2002 foram as mais conturbadas em mais de uma década com uma divisão político-cultural inédita no país e o grupo de Viktor Orbán acaba por perder as legislativas de abril.
A reviravolta acontece nas parlamentares de 2010. O Fidesz recolhe cerca de 53 por cento dos votos e a maioria de dois terços dos assentos permite a Orbán mudar a Constituição.
O euroceticismo, o populismo e o conservadorismo do político hungaro levou a fosse comparado a líderes como Recep Tayyip Erdogan, Marine Le Pen ou, mesmo, Valdimir Putin.
As alterações à Constituição em 2011 foram vista pela comunidade internacional como uma tentativa para centralizar os poderes legislativo e executivo e para restringir a liberdade de expressão. As políticas nacionalistas e protecionistas do homem que muitos designam de "autoritário" e até mesmo "ditador" acabaram, no entanto, por conquistar alguns conservadores europeus graças à crise dos refugiados.