Moscovo faz paralelo entre caso Skripal e mortes do ex-espião Alexander Litvinenko e do oligarca Boris Berezovski, denunciando uma "campanha antirussa"
A Procuradoria Geral russa acusa o Reino Unido de esconder informações cruciais e recusar cooperar no inquérito ao envenenamento do ex-espião Sergei Skripal, no início de março.
Londres aponta responsabilidades a Moscovo, que nega categoricamente qualquer envolvimento, acusando por seu lado os serviços secretos britânicos e norte-americanos.
O vice-procurador russo Saak Karapetian afirma que "as autoridades britânicas recusaram qualquer cooperação com a Rússia e classificaram como secretas as conclusões do seu próprio inquérito, tornando impossível avaliá-lo de forma objetiva por alguém do exterior".
A Procuradoria Geral russa faz um paralelo entre o caso Skripal e as mortes do também ex-espião Alexander Litvinenko, em 2006, e do oligarca Boris Berezovski, em 2013, denunciando uma "campanha antirussa".
Litvinenko morreu na sequência de um envenenamento com polónio 210, com os serviços secretos britânicos a apontarem o dedo ao homem de negócios e ex-agente do FSB russo, Andrei Lugovoi.
Berezovski foi encontrado morto na sua casa de Berkshire, no Reino Unido, num aparente suicídio cuja veracidade foi contestada pelos investigadores britânicos.