O braço de ferro entre sindicatos e administrações da Air France e SNCF, em França, pode custar vários milhões de euros
A maioria dos sindicatos da Air France aceitou reunir-se com a direção na empresa, esta quinta-feira, mas decidiu manter o pré-aviso de greve. Os trabalhadores da companhia aérea voltaram a paralisar esta quarta-feira. Cerca de 30 por cento voos foram cancelados.
No total, os sete de dias de greve já custaram à Air France cerca de 170 milhões de euros. Até ao final do mês estão previstos mais quatro dias de paralisação caso os sindicatos não chegam a acordo com a administração sobre aumentos salariais na ordem dos seis por cento.
O braço de ferro estende-se, também, à SNCF. Neste caso, em resposta à anunciada reestruturação da empresa francesa de caminhos-de-ferro. O protesto vai arrastar-se durante três meses e pode custar aos cofres da empresa mais de 700 milhões de euros.
O protesto lançado no início de abril continua sem solução à vista. Os sindicatos do setor e trabalhadores temem que a empresa venha ser privatizada e prometem não baixar os braços.
O descontentamento estende-se, também, a outras áreas de atividade. Os trabalhadores do setor da eletricidade, do gás e da recolha do lixo que avançaram com uma greve no inicio do mês podem voltar a paralisar.