Ataque conjunto contra a Síria

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De  Euronews
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Das palavras às ações. Estados Unidos, França e Reino Unido bombardearam alvos sírios

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Estados Unidos, França e Reino Unido lançaram um ataque conjunto contra a Síria. O governo de Bashar Al-Assad fala de uma agressão "bárbara e brutal."

A ação justificada com o alegado ataque químico em Douma, a 7 de abril, atribuído ao regime sírio combinou ataques aéreos e mísseis projetados a partir de navios no Mediterrâneo.

Os bombardeamentos começaram por volta das 02:00, hora de Lisboa. O anuncio foi feito pelo presidente dos Estados Unidos numa declaração a partir da Casa Branca

De acordo com o Pentágono, na mira do ataque esteve centro de investigação científica, perto de Damasco, dois armazéns de armas químicas, situados a oeste de Homs, e ainda um "centro de comandos." Durante a operação terão sido lançados mais de 100 mísseis.

O Pentágono garante que o ataque foi planeado de forma a minimizar as baixas civis e a evitar alvos onde as forças militares russas estivessem presentes.

Moscovo já advertiu para as consequências da ação militar.

O Governo sírio defende que o Ocidente está a tentar impedir a Organização para a proibição das armas químicas de investigar o alegado ataque químico em Douma, no início de abril.

Numa declaração gravada, Theresa May disse que não pode permitir o uso de armas químicas, justificando assim a participação do Reino Unido na ação militar. A chefe de Governo britânica diz que preferia um caminho alternativo, mas com as opções diplomáticas esgotadas, um ataque era a única forma de dissuadir Bashar Al-Assad. Uma decisão que é tomada numa altura de tensão com a Rússia ligada ao caso skripal.

O ministro da defesa britânico garantiu, entretanto, que os soldados envolvidos na operação já regressaram a casa.

Também o presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou ter dado luz verde à intervenção para travar a banalização do uso das armas químicas.

A ministra da defesa francesa diz que o país não não procura a confrontação ou o aumento da escalada militar. Numa conferência de imprensa esta manhã, Florence Parly garantiu que os russos foram prevenidos e prometeu informações mais precisas sobre o ataque nas próximas horas.

As reações não se fizeram esperar. O Irão fala de uma violação do direito internacional. Já a Turquia e Israel aplaudem os bombardeamentos contra alvos sírios.

O movimento xiita libanês Hezbollah, aliado do regime de Bashr Al-Assad, diz que so Estados Unidos não vão atingir os objetivos na guerra, em curso, contra a Síria.

A NATO já fez saber que apoia os Estados Unidos, França e o Reino Unido. Num comunicado, a Aliança Atlântica lembra que ação teve por objetivo reduzir a capacidade do regime sírio de atacar o próprio povo.

Um porta-voz do exército sírio garante que o sistema de defesa anti-míssil foi eficaz e impediu que a maioria dos mísseis atingisse os alvos. Durante o ataque terá sido atingido um centro de investigação em Barzza. Os prejuízos são maioritariamente materiais. Pelo menos civis terão ficado feridos.

Os especialistas não têm dúvidas, este ataque fragiliza ainda mais a situação na Síria a braços com uma guerra desde 2011 e onde já morreram cerca de 500 mil sírios.

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