Roménia propõe ajuda financeira para cavalos e cães reformados do Estado

Roménia propõe ajuda financeira para cavalos e cães reformados do Estado
De  Elza Gonçalves
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Uma nova lei na Roménia propõe a atribuição de uma ajuda para financiar os cuidados veterinários dos animais que serviram nas instituições militares e de polícia.

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Uma nova lei na Roménia propõe a atribuição de uma ajuda financeira para pagar os cuidados veterinários dos animais que serviram nas instituições militares e de polícia. O montante proposto ronda os 64 euros por mês.

Atualmente, na Roménia, não há legislação nacional para proteger os animais, sobretudos cães e cavalos, usados em missões militares e de polícia. Cada instituição tem as suas próprias regras, que podem incluir, por exemplo, a eutanásia.

Alguns animais são recolhidos por organizações não governamentais que cuidam dos animais mas não dispõem de ajudas financeiras do Estado.

Por regra, um cavalo pode trabalhar treze anos e um cão pode ocupar funções durante sete anos. Depois desse período, os animais podem continuar ao serviço das instituições mas devem ser vistos pelo veterinário todos os anos.

A Polícia Alfandegária é uma das instituições romenas que prevê ajudas para quem se ocupa dos cães. Graças aos cães, as autoridades ganham somas avultadas. Em 2017, os serviços alfandegários cobraram 350 mil euros em multas e sanções associadas sobretudo ao tráfico de droga. Por isso, os empregados que adotam os cães recebem o reembolso das despesas com o veterinário.

De acordo com o senador romeno responsável pela nova lei, todos os anos há cerca de 100 cavalos e cães que deixam de poder servir por razões de saúde. O responsável estima que as despesas médicas com esses animais deverão custar 80 mil euros por ano.

A decisão de elaborar a legislação foi tomada em 2014 pelo governo romeno, no seguimento de uma polémica em torno de um cão romeno utilizado no Afeganistão. O pastor alemão Max participou em duas missões onde foi utilizado para detetar explosivos. Depois de ter ficado doente e já não poder trabalhar, a administração militar romena decidiu eutanasiar o animal. A decisão dos militares chocou a população. Uma petição para exigir que o cão não fosse eutanasiado reuniu, em poucos dias, mais de 27 mil assinaturas.

O caso de Max deu a volta ao mundo. Os meios de comunicação social romenos deram eco à indignação popular, criticando “os que enviam para a morte aquele que lhes salvou a vida”.

Na altura, a petição teve efeitos. Max foi adotado e um grupo de voluntários abriu uma conta bancária para reunir os fundos necessários para cuidar do cão.

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