Húngaros manifestam-se contra primeiro-ministro

Húngaros manifestam-se contra primeiro-ministro
De  Nara Madeira
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Dez mil pessoas manifestaram-se em Budapeste contra o governo de Viktor Orbán.

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Como na semana passada, dez mil pessoas reuniram-se no centro de Budapeste, a capital da Hungria, este sábado, para protestar contra o sistema eleitoral que favorece o governo. Exigiam também novas eleições, ainda que muitos acreditem que o primeiro-ministro não cederá à pressão:

"Viktor Orbán não o diria por isso tem de ser toda a nação a fazê-lo. Cito um poema húngaro: Ainda que os navios se mantenham à superfície e os oceanos correm debaixo de nós, é o mar que manda", declama Eszter Mák, uma das participantes no protesto.

"Infelizmente nem a anterior, nem esta nem a próxima manifestação terão resultados. Nós só queremos mostrar, ao estarmos aqui, que há muita gente não se rende, que não acredita em tudo o que se diz, que tem, realmente, vontade de agir contra o que está a acontecer na Hungria", adianta outro manifestante, Gergõ Asztalos.

"Pessoas de diferentes setores juntaram-se ao protesto. Uns não acreditam numa mudança, outros, como os organizadores da manifestação, pensam, a multidão fez o governo retirar a candidatura de Budapeste aos Jogos Olímpicos de 2024 e a abandonar a proibição da abertura de lojas ao domingo, e podem voltar a consegui-lo", explica um correspondente da euronews em Budapeste Róbert Csákány.

Entre os manifestantes estiveram membros da oposição política do país. O principal, Péter Márki-Zay, critica o governo mas também a ineficácia da oposição no país:

"O povo húngaro merece uma oposição que recuse a corrupção e a intimidação, não só através de palavras, mas defendendo todos os húngaros, pelos valores nacionais e europeus, e não imaginando o nosso futuro ao lado de alguns ditadores asiáticos", afirmou Péter Márki-Zay, político e historiador húngaro.

Nova manifestação está agendada para 8 de maio, altura em que o novo parlamento toma posse.

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