O chefe de Estado francês salientou no Congresso americano que guerras comerciais não fazem sentido e que é necessária "uma nova ordem mundial para o século 21".
O caloroso acolhimento que Donald Trump reservou a Emmanuel e Brigitte Macron na visita aos Estados Unidos prolongou-se no Congresso americano. No mesmo dia em que, há 58 anos, Charles de Gaulle falava nesta câmara, o atual presidente francês foi recebido com vários momentos de aplauso durante o discurso.
"A verdade é que não temos um planeta B. Trabalhemos em conjunto para tornar o nosso planeta grande outra vez e, ao fazê-lo, criarmos emprego e novas oportunidades. Tenho a certeza que, um dia, os Estados Unidos vão regressar ao Acordo de Paris", declarou.
Outras convicções se seguiram: para quem tinha dúvidas sobre a mudança de posição em relação ao dossiê nuclear iraniano, Macron resolveu dissipá-las: os compromissos existentes são para defender... a menos que haja uma solução abrangente.
"Existe um acordo de monitorização da atividade nuclear do Irão. Nós assinámo-lo por iniciativa dos Estados Unidos... Não o devemos abandonar sem ter uma alternativa substancial", realçou.
Na verdade, grande parte das palavras de Macron não foi no sentido do seu anfitrião americano. O chefe de Estado francês salientou que guerras comerciais não fazem sentido e que é necessária "uma nova ordem mundial para o século 21" contra as tendências nacionalistas e de isolacionismo. Mais: o conceito que tem de prevalecer, diz Macron, é o multilateralismo que, afinal de contas, foi inventado pelos americanos.