Diretor do "Cumhuriyet" diz que o veredito não vai calar o jornal

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De  Nelson Pereira
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"Pensaram que podem controlar o jornal em troca de reféns", disse o diretor do "Cumhuriyet". A eurodeputada holandesa Kati Piri criticou o veredito: "15 jornalistas condenados sob acusações ridículas de terrorismo"

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"Não vou calar-me!", diz o proprietário do diário turco de oposição "Cumhuriyet"("República"), Akin Atalay, sentenciado a sete anos e meio de prisão, agora em liberdade condicional, enquanto aguarda o resultado do recurso.

Vários jornalistas do Cumhuriyet foram na quarta-feira condenados a penas de prisão, acusados de ajudar organizações consideradas "terroristas" por Ancara: o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), o grupo de extrema-esquerda Frente Revolucionária Popular de Liberação (DHKP-C) e o movimento do líder político e religioso Fethullah Gülen, a quem as autoridades imputam a tentativa de golpe em julho de 2016.

O diretor do Cumhuriyet disse que o jornal se manterá independente:

"Levaram-nos como reféns, queriam o jornal como resgate. Sabiam que não compram o Cumhuriyet com dinheiro, pensaram que o podem controlar em troca de reféns. Não hão-de conseguir. Além disso, vamos mostrar-lhes como se faz jornalismo. Estão presos centenas de jornalistas, académicos, estudantes, advogados. É dever de todos nós libertá-los", frisou Atalay.

A eurodeputada socialista holandesa, Kati Piri, relatora do Parlamento Europeu para a Turquia, comentou, via Twitter, a decisão do tribunal turco:

"Nem um pingo de justiça no veredito do caso Cumhuriyet. 15 jornalistas e funcionários do mais antigo jornal turco condenados sob acusações ridículas de terrorismo. O jornalismo não é um crime."

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