Os representantes dos países da União Europeia aprovaram a proibição do uso de pesticidas, ao ar livre, que prejudicam as abelhas
O uso de determinados pesticidas considerados prejudiciais para as abelhas vai ser proibido até ao final do ano, pelo menos ao ar livre.
Em causa estão três substâncias conhecidas por neonicotinoides: imidaclopride, clotianidina e tiametoxame. Inseticidas que, segundo estudos científicos, atacam o sistema nervoso central dos insetos.
A utilização das substâncias vai, no entanto, continuar a ser autorizada em estufas.
A proposta de restrição foi aprovada, esta sexta-feira, pelo Comité Permanente da Cadeia Alimentar e da Saúde Animal em nome das abelhas e da biodiversidade.
"A decisão de proibir esses pesticidas que matam as abelhas é um horizonte de esperança. É fantástico ver que os países ouviram o que cientistas, agricultores e cidadãos têm vindo a dizer ao longo dos anos e que, finalmente, proibiram esses venenos” defende Antonia Staats, ativista da Avaaz.
Os ambientalistas acreditam que a decisão vai contribuir para contrariar a diminuição do número de abelhas essenciais para a sustentabilidade do planeta...e da economia. De acordo com a ONU cerca de 75% das culturas alimentares dependem da polinização, o que pode representar qualquer coisa como cerca de 500 mil milhões de euros.