Grécia: fim do resgate à vista, mas com avisos

Ministro das Finanças da Grécia e a sua equipa
Ministro das Finanças da Grécia e a sua equipa Direitos de autor Oleg Popov/EU2018BG/Handout via REUTERS
De  Efi KoutsokostaIsabel Marques da Silva com Reuters
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O Eurogrupo considera que a Grécia está em condições de terminar o programa de resgate a 20 de agosto. Contudo, tendo recebido 260 mil milhões de euros de ajuda financeira, desde 2010, a Grécia tem uma d´ívida gigantesca e poderá precisar de uma espécie de programa cautelar de transição.

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A confirmar o vaticínio positivo do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, durante a sua visita à Grécia, no dia anterior, o Eurogrupo considerou, sexta-feira, que são boas as notícias sobre o desempenho económico e financeiro do país.

A Grécia está bem encaminhada para terminar o programa de resgate a 20 de agosto, confirmou o presidente do grupo que reúne os ministros das Finanças da zona euro.

"O ministro grego apresentou a estratégia de crescimento para a Grécia nos próximos anos. A estratégia passa por reforçar o potencial de crescimento da Grécia a longo prazo e melhorar o clima de investimento. É também importante o facto dessa estratégia sublinhar uma apropriação pela Grécia do processo de reformas quando acabar o programa de resgate", explicou Mário Centeno.

Contudo, tendo recebido 260 mil milhões de euros em ajuda financeira desde 2010, a Grécia tem uma divida gigantesca que poderá tornar difícil o acesso aos mercados sem uma espécie de programa cautelar de transição.

"Medidas fortes e credíveis para redução da dívida serão essenciais. Se esses pagamentos forem maiores no início, as medidas poderão ser mais automáticas e com menos condições. Logo, isso pode contribuir para aumentar a confiança entre a Grécia e os mercados de capitais", afirmou Benoit Coeure, membro do conselho executivo do Banco Central Europeu.

O Fundo Monetário Internacional é uma das instituições que insiste na necessidade de reestruturar a dívida da Grécia, mas outros credores, nomeadamente o governo da Alemanha, são muito críticos dessa ideia.

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