Governo da Arménia admite ceder liderança a Nikol Pashinyan

Pashinyan assume-se como "o candidato do povo" e pode ser o eleito
Pashinyan assume-se como "o candidato do povo" e pode ser o eleito Direitos de autor REUTERS/Gleb Garanich
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Vice-presidente do Partido Reopublicano disse à euronews que o deputado do Yelk apenas precisa de ter o apoio de toda a oposição

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O partido no governo na Arménia promete não obstruir o deputado da oposição Nikol Pashinyan de se tornar primeiro-ministro interino do país se todos os partidos da oposição no parlamento o apoiarem para o lugar.

Mais de duas semanas de protestos na rua contra o governo do Partido Republicano levaram à demissão no início da semana passada do primeiro-ministro Serge Sarkissian.

Os republicanos chegaram a ter outro nome para a sucessão, mas recuaram e, à euronews, até já admitiram abrir a porta a Pashinyan, o deputado do Aliança Yelk que tem liderado as manifestações.

"Nós também vemos o apoio da opinião pública e do povo a Nikol Pashinyan. Isso dá-lhe bastante legitimidade para poder vir falar, acabar com esta situação e encontrar uma boa solução. Acho muito importante ouvir do único candidato ao cargo de primeiro-ministro, saber onde se posiciona sobre os principais problemas da Arménia. Queremos saber algumas das ideias do programa que propõe e qual a visão dele para sairmos desta situação", disse-nos Armen Ashotyan, vice-presidente do Partido Republicano da Arménia.

O nosso enviado especial a Erevan, Apostolos Staikos, também falou com o deputado do Yelk e candidato único ao cargo de primeiro-ministro interino sobre o aparente fim da batalha política na Arménia.

Perguntámos a Nikol Pashinyan como se sentia.

"Penso que o vencedor é o povo. O povo da Arménia. Os arménios apoiam a nossa ideia. A ideia de que precisamos de mudanças e de um novo governo no país. Se sim, os deputados republicanos devem votar no candidato do povo. A realidade é que nos últimos 20 anos tivemos sempre governos sem o apoio do povo. Governos em que o povo não acreditava. Por isso, até há pouco os arménios têm-se sentido desapontados e não acreditavam no futuro do país", referiu Pashinyan.

O candidato a primeiro-ministro e líder dos protestos mandou suspender as manifestações antigoverno esta segunda-feira e espera-se que ele vá falar aos deputados na Assembleia Nacional.

O nosso enviado especial a Erevan diz que "muitos esperam tornar-se, no Parlamento da Arménia, testemunhas de uma novela política repleta de suspense na escolha do novo primeiro-ministro."

"Nikol Pashinyan está um passo do governo. A ser eleito, a missão não será fácil porque terá de trabalhar com aqueles que até há pouco acusava de serem corruptos e obcecados pelo poder", conclui, em Erevan, o nosso jornalista Apostolos Staikos.

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