Análise do "dossier" Irão

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De  Ana Ruivo
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Pierre Conesa, especialista em relações internacionais, não acredita nas provas anunciadas pelo primeiro-ministro de Israel.

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Numa altura em que o Irão volta a ser destaque na agenda internacional, a Euronews falou com Pierre Conesa, um dos presidentes do Observatório da Radicalização. O especialista em relações internacionais não acredita nas provas anunciadas esta segunda-feira pelo primeiro ministro de Israel.

Benjamin Netanyahu não é a pessoa em quem mais confio. Já quando era membro do Knesset acusava o Irão de desenvolver uma bomba. Nessa altura, anunciou que o Irão teria a bomba em seis meses. Não podemos dizer que se tratou de uma previsão realista. A questão aqui é perceber se existe informação nova ou se é informação antiga, anunciada de forma muito agressiva.

Houve um programa nuclear e foi por isso que o acordo foi concluído e negociado com dificuldade. Chegámos à única conclusão que me pareceu lógica: o Irão é reconhecido como um país limite, isto é, um país que não concretiza a sua tecnologia e capacidade, reconhecidas por todos.

Fiquei muito surpreendido com as palavras de Macron quando visitou Trump, por dizer que é o Irão que desestabiliza o Médio Oriente. Tivemos 240 mortos e 900 feridos nas ruas de Paris por salafistas que nada têm a ver com o Irão mas que têm muito a ver com a Arábia Saudita. Vamos parar de demonizar o Irão porque o nosso problema é o terrorismo.

_No caso de os Estados Unidos saírem do acordo assinado em 2015, a primeira reação, provavelmente, será dos iranianos que retomarão o seu programa nuclear. Os europeus vão ser forçados a colocar água na fervura, mas já vimos que Trump não mudou o discurso depois da visita do Presidente Macron sobre os temas fraturantes como o acordo de Paris e o Irão. _

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