Inteligência artificial na mira do investimento europeu

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Direitos de autor REUTERS/Fabian Bimmer
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De  Isabel SilvaIsabel Marques da Silva
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Entre dinheiro público e privado, a Comissão Europeia espera que sejam investidos cerca de 20 mil milhões de euros, por ano, na inteligência artificial, a partir de 2020. O objetivo é ganhar terreno numa indústria altamente competitiva, onde EUA, Japão e Chima dão cartas.

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"Olá Euronews, eu sou a Lucy. O futuro está na inteligência artificial", disse, ao microfone da euronews, um robô exposto num evento sobre tecnologia de ponta, em Bruxelas.

A "Lucy" não precisa de convencer a Comissão Europeia, que considera o setor prioritário no orçamento de 2021 a 2027, apresentado esta quarta-feira.

"Deve criar-se um clima em que as start-ups possam ser facilmente implementadas e não sofram tanto a pressão direta das grandes empresas", é o conselho para o executivo europeu dado por Francis Wyffels, investigador e professor de robótica na Universidade de Gent.

Entre dinheiro público e privado, a Comissão Europeia espera que sejam investidos cerca de 20 mil milhões de euros, por ano, na inteligência artificial.

O objetivo é ganhar terreno numa indústria altamente competitiva, onde EUA, Japão e China dão cartas.

"Uma das coisas que se pode fazer é, por exemplo, criar um centro de excelência em inteligência artificial, em cada país, onde se analise em que domínio das atuais indústrias clássicas se pode usar a inteligência artificial para fazer a diferença e ter melhores resultados. Poderá ser na biotecnologia, no caso da Bélgica, ou na exploração de petróleo, no caso de outro país", defende Alexander de Croo, ministro belga com a pasta do Digital.

"Fica-se com uma ideia muito concreta de onde investir e, depois, os centros de excelência podem ajudar as pequenas e médias empresas a aplicar a inteligência artificial tão rápido quanto possível", acrescentou.

Apesar do entusiasmo de muitos com o potencial da inteligência artificial em termos de progresso, há também vozes que realçam a necessidade de criar regras sobre questões éticas e de analisar como compensar o impacto negativo que poderá ter no mercado laboral.

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