Revogada a proteção dos hondurenhos a viver nos EUA

Revogada a proteção dos hondurenhos a viver nos EUA
De  Ricardo Figueira
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O governo das Honduras já se manifestou contra a decisão, que pode obrigar 44 mil hondurenhos a regressar ao país.

PUBLICIDADE

Enquanto centenas de migrantes, muitos deles hondurenhos, esperam em Tijuana, no México, uma oportunidade para entrar nos Estados Unidos, o governo das Honduras reagiu à decisão da administração Trump de revogar o TPS (Temporary Protection Status) - programa de proteção de que os imigrantes das Honduras beneficiam desde o furacão Mitch em 1999.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros condenou a medida, que pode significar o regresso de dezenas de milhares de pessoas às Honduras: "O governo da República das Honduras reconhece que esta é uma decisão soberana do governo americano, através da administração Trump. No entanto, lamenta profundamente o cancelamento do programa TPS, que vai afetar 44 mil dos nossos compatriotas", disse José Isaías Barahona.

Direta e indiretamente, a medida pode vir a afetar até 57 mil pessoas. Contra a revogação do TPS, um grupo de defesa dos direitos dos migrantes organizou uma conferência de imprensa em Los Angeles. Iris Costa é hondurenha e pode ser deportada como consequência da decisão de Trump: "Estou neste país há 27 anos. Cheguei em 1992 e não me lembro de nada no meu país natal. Desde que tenho o TPS que tenho contribuído para este país. Pago os meus impostos. Não somos delinquentes como nos querem pintar a nós, aos hispânicos", disse.

A decisão de revogar este estatuto afeta não só os imigrantes das Honduras, mas também de El Salvador, que são cerca de 200 mil, a maior comunidade a viver neste programa a beneficiar deste programa de proteção. Os salvadorenhos estão abrangidos desde os terramotos de 2001.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Trump diz que não tem dinheiro para pagar caução de 454 milhões de dólares ao tribunal

Biden e Trump confirmam nomeações e reeditam duelo nas presidenciais de novembro

Trump vai libertar detidos que participaram no ataque ao Capitólio