Mattarella dá ultimato em Itália e "maioria" escolhe voltar às urnas

Sergio Mattarella pede governo interino ou eleições antecipadas já
Sergio Mattarella pede governo interino ou eleições antecipadas já Direitos de autor REUTERS/Tony Gentile
De  Francisco Marques com Ansa
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Presidente queria ter o Orçamento e Estado de 2019 aprovado apesar do impasse, mas Liga Norte e Movimento 5 Estrelas não facilitam

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O Presidente de Itália deu um ultimato aos partidos políticos e alguns dos mais votados até já lhe responderam... com uma negativa.

Sergio Matarella cansou-se de esperar pelo consenso para formação de um novo governo e exigiu um acordo parlamentar para tirar a Itália do impasse confirmado esta segunda-feira de manhã pelos diferentes partidos.

"Cabe agora aos partidos, com a liberdade que têm em sede própria, no parlamento, escolher entre estas soluções alternativas: empossar um governo que se mantenha em funções até que exista consenso para uma maioria política, mas nunca para lá do fim do ano. Ou então avançar-se já para eleições antecipadas em julho ou mais tardar no outono", afirmou Mattarella num comunicado.

O presidente italiano esperava ter um executivo de compromisso entre todas as forças para pelo menos poder elaborar e aprovar o Orçamento de Estado de 2019.

Seja como for, tanto a Liga Norte, principal braço da coligação de centro-direita que integra também o Força Itália de Silvio Berlusconi, como o Movimento 5 Estrelas não se mostram abertos a empossar um executivo abrangente.

"Nenhuma confiança num governo 'neutral', sinónimo de governo técnico. Vamos a votos em julho", escreveu no Twitter Luigi de Maio, o líder do Movimento 5 Estrelas.

O líder da Liga Norte também não desarma. "Ou se muda para um governo que defenda os italianos na Europa ou vamos a votos", escreveu Matteo Salvini também no Twitter.

De acordo com a Ansa, citando fontes parlamentares, o calendário eleitoral já estará a ser estudado.

A agência de notícias italiana adiante que "a data mais realista" para os italianos voltarem às urnas será 22 de julho.

As próximas horas deverão ser decisivas para o futuro político imediato de Itália.

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