Dia da Europa: euroceticismo ensombra celebrações

Dia da Europa: euroceticismo ensombra celebrações
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De  Ana LAZAROIsabel Marques da Silva
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O Dia da Europa visa celebrar o projeto político que une os destinos de 500 milhões de cidadãos, mas o ceticismo está a ganhar terreno em muitos Estados-membros da União Europeia. Os partidos críticos do bloco comunitário fazem parte de governos em 25 dos 28 parlamentos nacionais.

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O Dia da Europa visa celebrar o projeto político que une os destinos de 500 milhões de cidadãos, mas o ceticismo está a ganhar terreno em muitos Estados-membros da União Europeia.

Os partidos políticos críticos do bloco comunitário fazem parte de governos em 25 dos 28 parlamentos nacionais. Na Itália, Hungria e Polónia estão, mesmo, em maioria.

"Esses partidos representam grupos sociais que se sentem abandonados e que sentem que são os grandes perdedores da globalização. Responsabilizam, em grande medida, a União Europeia por isso", explicou Jean-Michel De Waele, professor da Universidade Livre de Bruxelas.

Em Itália, o euroceticismo tem raízes na crise económica, com os cidadãos a criticarem a destruição do Estado social.

Na Hungria e na Polónia, a questão da redistribuição de refugiados foi vista como uma imposição de Bruxelas que põe em causa a soberania nacional.

"A União Europeia tem uma enorme responsabilidade porque aplica políticas puramente financeiras e económicas, havendo uma ausência de preocupação com as questões sociais. A União Europeia fala muito disso mas não o põe em prática", concluiu Jean-Michel De Waele.

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