Censurado no Quénia, "Rafiki" é destaque em Cannes

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Autoridades quenianas, proíbem "Rafiki" por "legitimar o romance homossexual".

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"Rafiki" é o primeiro filme queniano a ser selecionado para o Festival de Cannes.

A estreia foi esta semana na Riviera Francesa, mas a película não vai ser exibida no país onde foi produzida.

As autoridades quenianas, proibiram o filme por "legitimar o romance homossexual".

Wanuri Kahiu, realizadora de "Rafiki" comenta: "Acreditamos que o público queniano já é maduro e tem discernimento suficiente para decidir se gosta ou não do tema do filme, ou decidir se o quer ver. Mas essa possibilidade foi-lhe retirada."

"Rafiki" conta a história de amor de duas adolescentes quenianas e do desafio que é viver no ambiente homofóbico de Nairobi. Kena e Ziki terão de escolher entre felicidade ou segurança.

Sheila Munyiva, uma das atrizes principais, hesitou em aceitar este papel: "Tive dúvidas em fazer este filme porque entrei agora para a indústria cinematográfica e ainda estou a criar a minha imagem. Pensei no impacto que este papel poderia ter na minha vida profissional e como as pessoas me veriam quando o filme estivesse pronto. Mas, enviaram-me o guião e era simplesmente fantástico"

"Rafiki" foi adaptado do conto Jambulka Tree, da escritora ugandesa Monica Arac Nyeko.

O filme foi exibido na categoria "Un Certain Regard", esta quarta-feira, na 71a. edição do maior Festival de Cinema da Europa.

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