O filme sobre os indígenas brasileiros da etnia krahô foi gravado durante nove meses no estado do Tocantins.
O filme "Chuva é cantoria na aldeia dos mortos", do português João Salaviza e da brasileira Renée Nader Messora, foi distinguido em Cannes com o prémio especial do júri da secção Un Certain Regard. Um filme sobre uma realidade que é silenciada no Brasil.
"O festival dá-nos espaço para mostrar uma realidade que no Brasil ninguém quer saber. O filme brasileiro apresentado aqui é um filme silenciado no meu país. Não sob a forma de censura, mas no sentido em que as vozes dos indígenas são sempre silenciadas," afirma Renée Nader Messora.
"Acreditamos que o filme acabou por assumir e incorporar estilos e abordagens diferentes, dependendo do contexto ou da situação que filmávamos. Estas decisões, que podem parecer decisões artísticas ou estéticas, são de facto uma consequência da nossa ligação e da nossa relação com essas situações," revelou João Salaviza.
O filme sobre os indígenas brasileiros da etnia krahô foi gravado durante nove meses no estado do Tocantins.
No tapete vermelho de Cannes, o elenco protagonizou um protesto para denunciar o genocídio dos indígenas brasileiros.