O Facebook está a ser ouvido nos dois lados do Atlântico, depois de o escândalo Cambridge Analytica ter utilizado milhões de perfis indevidamente.
Com a audição em Bruxelas, é a terceira vez que Zuckerberg é ouvido por um órgão de soberania, depois de ter sido divulgado, em março, que a Cambridge Analytica utilizou 50 milhões de perfis do Facebook indevidamente.
O analista James Hughes da Axitrader comenta as audições de Zuckerberg, primeiro, nos Estados Unidos e, agora, na Europa.
"Penso que o Facebook e o Mark Zuckerberg estão a usar isto quase como uma digressão de relações públicas. Acho que ele está a enfrentar áreas diferentes para dizer: 'nós somos abertos, transparentes e não somos apenas uma empresa norte-americana, que é apenas aberta e transparente na área onde paga impostos, mas globalmente'", realçou Hughes.
"A privacidade é chave. Sabemos que há uma pressão contínua e que as mudanças do RGPD estão a afetar a maioria das empresas. Portanto, há uma situação em que o Facebook está em linha com as regras de privacidade, mas tem de mostrar que não vai ser apanhado novamente", acrescentou.
De acordo com a Comissão Europeia, 2,7 milhões dos utilizadores afetados pelo caso Cambridge Analytica eram residentes europeus.