Função pública em greve e protestos contra Macron

Função pública em greve e protestos contra Macron
De  António Oliveira E Silva e Fleur Martinse com AFP
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Houve mais de 130 manifestações por todo o país.

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Foi mais um dia de greve na função pública francesa, o terceiro desde a eleição de Emmanuel Macron.

Professores, polícias, carteiros e enfermeiros e os principais sindicatos uniram-se contra as políticas do Governo. É a primeira vez que o fazem desde 2010.

Dizem que o estatuto dos funcionários públicos franceses é alvo de ataques da parte do Executivo e contestam as reformas impostas pela maioria. Para os sindicatos, o Governo francês quer acabar com grande parte da estrutura de serviços públicos:

"Encontramo-nos numa situação em que, se pudermos pagar, temos acesso a um bom hospital. Se não pudermos pagar, acabamos na rua. Não queremos este tipo de soeicade e defendemos uma sociedade diferente," explicou aos jornalistas Philippe Martinez, do sindicato CGT.

REUTERS
Registaram-se alguns confrontos entre manifestantes encapuzados e a polícia. Autoridades falam em sete detidos.REUTERS

Esta terça-feira, houve mais de 130 manifestações em toda a França. A principal exigência dos manifestantes era um aumentos dos salários, mas também a contratação de mais efetivos.

Os trabalhadores do setor da saúde são dos que mais se queixam. Reclamam mais contratações, nomeadamente nos hospitais, onde faltam enfermeiros. O trabalho acumula-se e a carga torna-se insuportável.

Mas o Governo Macron deseja cortar mais de 120 mil postos de trabalho no setor público. E o Executivo diz que as reformas são para continuar.

Se as marchas em Paris tiveram lugar num ambiente calmo, registaram-se breves confrontos entre individuos encapuzados e a policia. As autoridades falam em sete detivos.

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