O custo da obra está estimado em 10 mil milhões de euros e o arranque está previsto para julho.
O projeto do gasoduto Nord Stream 2 promete fazer chegar o gás russo até ao continente europeu. No entanto, as promessas são tão grandes quanto as dúvidas e a resistência que o plano está a gerar na Europa e até nos Estados Unidos.
O arranque da obra está previsto para julho e a sua conclusão para meados de 2019, mas há cada vez mais pressões para colocar um travão, algo que mereceu críticas de Gerhard Schroeder, o antigo chanceler alemão e atual presidente do conselho de administração do consórcio Nord Stream 2.
"Ainda não ouvi uma razão racional para a resistência de Bruxelas. Parece, no entanto, diplomaticamente falando, que por trás dessa resistência estão interesses económicos específicos, interesses de alguns governos europeus, dos países vizinhos e, é claro, os interesses económicos de empresas concorrentes que estão envolvidas. E também os interesses económicos dos Estados Unidos, que muito claramente e por qualquer motivo, expressaram a sua oposição ao projeto", afirmou.
O Nord Stream 2 é um gasoduto idêntico ao original e que percorre a mesma região, saindo desta feita de Ust-Luga, na Rússia, e atravessando todo o mar Báltico até terminar em Greifswald, na Alemanha.
O projeto está orçamentado em cerca de 10 mil milhões de euros e irá dobrar a capacidade russa de exportação de gás para a Europa. Um gasoduto que terá impacto económico, mas também potencialmente político numa região já instável.