Austrália pede à Rússia que pare com campanha de desinformação. Ministra australiana dos Negócios Estrangeiros lembra Moscovo que aprovou na ONU a formação de uma equipa para investigar queda do voo da Malaysia Airlines e agora não pode tentar desacreditar as conclusões do relatório.
Vladimir Putin garante que o míssil que abateu o voo MH17, da Malaysia Airlines, não era russo. Uma certeza que contraria as conclusões dos investigadores internacionais de que o míssil foi disparado pela 53ª brigada antiaérea baseada em Kursk, na Rússia.
A ministra australiana dos Negócios Estrangeiros apela a Moscovo para que pare de contestar o relatório.
"A Rússia tem praticado uma campanha de desinformação e apelo à Rússia que pare de tentar desacreditar a legitimidade dos resultados da equipa de investigação. Foi uma equipa formada após uma resolução do Conselho de Segurança da ONU na qual a Rússia participou. E a Rússia como membro permanente do Conselho de Segurança tem uma responsabilidade particular de apoiar estas resoluções unânimes."
Por seu lado, em declarações à Euronews, no Fórum Económico Internacional que decorre em São Petersburgo, o embaixador da Rússia na União Europeia diz que estas acusações não são uma novidade.
Vladimir Chizhov acrescenta que "o único elemento que me surpreende é o timing, porque o que foi dito em Haia não é nada de novo. Para mim, isto são notícias antigas, o efeito déjà-vu de 2014 e 2016."
A queda do avião das linhas aéras da Malásia matou 289 pessoas, na maioria passageiros holandeses, malaios e australianos.
O aparelho foi abatido por um missil, em 2014, quando sobrevoava o leste da Ucrânia.
A Holanda e a Austrália consideram a Rússia formalmente responsável pelo disparo do míssil.