Parlamento Europeu quer reformas no sistema de asilo da UE

Migrante num centro de acolhimento na Europa
Migrante num centro de acolhimento na Europa
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De  Ricardo Borges de Carvalho
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Deputados querem mais resultados na resolução de um dos maiores problemas da Europa e dizem que o Conselho Europeu tem de tomar decisões. O Conselho de Junho é visto como a última hipótese de um acordo antes da Presidência passar para a Aústria que tem posições mais restritivas.

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O Conselho Europeu tem de tomar uma posição sobre a reforma do sistema de asilo na União. O repto foi lançado esta quarta-feira pelos deputados do Parlamento Europeu que querem mais resultados na resolução de um maiores problemas na Europa.

A sueca Cecilia Wikström, do Partido Liberal, refere que "os cidadãos europeus mostraram através do eurobarómetro que querem que a União Europeia resolva os problemas de asilo e imigração. Falhar simplesmente já não é opção".

Segundo o mecanismo atual é o país de chegada dos migrantes que é responsável por tratar dos pedidos de asilo. Um fardo para os países do sul, como Espanha, Itália ou Grécia, onde os migrantes passam meses à espera que os pedidos sejam aceites.

O Parlamento quer introduzir um mecanismo obrigatório de quotas que iria distribuir automaticamente os migrantes pelos 27, mas os países do leste, como República Checa, Hungria ou Polónia, estão contra.

Para facilitar um acordo, a presidência búlgara da União Europeia propôs que seja feita uma pré-triagem aos migrantes para verificar se estão em condições de receber asilo, mas isso implicaria mais trabalho e despesa para os países do sul que rejeitam a ideia.

A secretária-geral do Conselho Europeu para os Refugiados e Exilados, Catherine Woollard, lembra que "uma reforma que agrava a responsabilidade desproporcional dos países onde os migrantes chegam primeiro é problemática porque dá um incentivo perverso a esses países de manterem as condições de acolhimento tão más que as pessoas não querem ficar lá."

O Conselho Europeu de Junho é visto como a última esperança de um acordo antes da Presidência da União Europeia passar para a Aústria que tem posições mais restritivas sobre imigração.

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