A Euronews foi saber como reagem as comunidades locais ao problema da crise dos refugiados na comunidade alpina.
A tensão tem vindo a agravar-se na fronteira franco-italiana por causa do fluxo de migrantes que chegam à região alpina.
Recentemente, grupos de manifestantes denunciaram a morte de uma mulher de origem africana, encontrada num rio da região.
Uma associação acusa a polícia de a ter perseguido até à sua morte. O corpo de um migrante africano foi encontrado num bosque, não muito longe.
No último ano, quase quatro mil migrantes chegaram à fronteira franco-italiana, a maioria dos quais vem da África Ocidental.
Um movimento migratório que desagrada à extrema-direita. Em abril, o grupo Geração Identitária, composto por jovens, organizou um protesto. A Euronews falou com membros do grupo, que vivem na região.
Aymeric Courtet, um dos membros do grupo, disse à Euronews que acham que tem a legitimidade de defender o povo europeu.
"Se o Estado decidiu abandonar o povo, nós estamos aqui. Estamos aqui pelos europeus, para defender a nossa identidade."
Um discurso que não é aceite por todos na região de Briançon. Foi organizada uma rede de solidariedade para com os migrantes. Os defensores dos migrantes acusam o Estado de fugir às responsabilidades.
"Legalmente, deveriam ser acolhidos, explica Joël Puvrot", do centro Refúgios Solidários.
"E têm um prazo para fazer o pedido de asilo, que pode ou não ser aceite. Mas não cabe à polícia decidir se o pedido de asilo é legítimo."
Em 2017, a França era o 12do país europeu que mais migrantes acolhia.
Estarão os migrantes que pedem asilo a pagar o preço pela resposta europeia à crise dos regugiados?
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