Seis mortos em mais um dia de sangrentos protestos

Mascarados armados no protesto contra o presidente Daniel Ortega
Mascarados armados no protesto contra o presidente Daniel Ortega Direitos de autor REUTERS/Oswaldo Rivas
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De  Francisco Marques com EFE, AFP
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Cinco pessoas perderam a vida num dos últimos bastiões sandinistas e um norte-americano foi emboscado em Manágua

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Pelo menos seis pessoas morreram, incluindo um cidadão norte-americano, após os confrontos deste sábado na Nicarágua, adiantou a agência France Press, citando a Associação local para a Proteção dos Direitos do Homem (ANPDH).

Os protestos contra o presidente Daniel Ortega iniciaram-se a 18 de abril e degeneram em confrontos violentos com as autoridades. Mais de 110 pessoas já perderam a vida.

Um ativista antigoverno escondeu-se atrás de uma máscara para dizer aos jornalistas que "as pessoas estão cansadas e não querem nada mais da Rosário e do Daniel Ortega", respetivamente mulher e marido, vice-presidente e presidente da Nicarágua.

"Não nos vamos render" avisou o manifestante.

Os confrontos deste sábado tiveram maior incidência em Masaya, uma cidade cerca de vinte quilómetros a sul da capital e tida como um dos últimos bastiões sandinistas. Ali, registaram-se cinco mortos.

A vítima norte-americana é um homem de quarenta e oito anos, identificado como Sixto Henry Vera, proprietrio de um bar-restaurante e no meio da celebração do próprio aniversário terá sido alegadamente atraído para uma emboscada em Manágua.

A embaixador norte-americana na Nicarágua, Laura Dogu, disse que a morte de um compatriota gerou "grande preocupação" em Washington.

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