Eurodeputados reagem a visão de Merkel para a Europa

Chanceler alemã Angela Merkel
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De  Joao Duarte Ferreira
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Tudo sugere que a chanceler alemã teria feito concessões ao presidente francês Emmanuel Macron relativamente ao futuro do bloco

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As ideias avançadas pela Chanceler alemã Angela Merkel sobre como melhorar a União Europeia estão a gerar ondas.

As declarações desta segunda-feira seguem-se a uma entrevista publicada no domingo por um dos principais semanários alemães.

"Na minha opinião, o que precisamos na Europa é mais independência relativamente ao Fundo Monetário Internacional, FMI. Devíamos ter o nosso próprio Fundo Monetário Europeu onde nos podemos preparar para todos os casos de crise", disse a chanceler no âmbito de um encontro em Berlim em que participou a antiga primeira-ministra da Nova Zelândia, Helen Clark.

A chanceler adiantou ainda que reduzir o tamanho da Comissão não devia ser um tema tabú.

As declarações foram feitas no domingo ao semanário alemão, Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung, onde a chanceler aparenta fazer concessões ao presidente francês, Emmanuel Macron quanto à reforma da zona euro.

No parlamento europeu, as palavras da chanceler foram recebidas com elogios mas também indiferença.

O líder dos liberais, Guy Verhofstadt, elogiou Merkel afirmando que se tratam dos primeiros sinais da tão necessária reforma da União Europeia. Não podemos continuar a depender de outros para a nossa segurança e prosperidade, afirma Verhofstadt.

00.54 Entusiasmo que contudo não é partilhado pelo líder dos Verdes, Philippe Lamberts.

"Não há nada de novo. Mas isto não chega para tornar o euro resistente. Mesmo as propostas de Macron ficam aquém das expectativas se queremos mesmo tornar o euro viável", disse o líder dos Verdes no Parlamento Europeu, Philippe Lamberts.

Entre várias propostas, a líder alemã propôs um orçamento específico para investimentos na zona euro cujo objetivo seria reforçar a convergência entre os países da moeda única.

Emmanuel Macron e Angela Merkel reúnem-se em Berlim no dia 19 antes de apresentarem a sua visão aos líderes europeus na cimeira prevista para o final do mês.

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