Cerca de 70 mortos e aumento da chuva agravam crise na Guatemala

Bombeiros ajudam cachorro entre as cinzas do Vulcão de Fogo
Bombeiros ajudam cachorro entre as cinzas do Vulcão de Fogo Direitos de autor REUTERS/Luis Echeverria
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De  Francisco Marques com AGN
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Governo cria gabinete de emergência permanente, há ainda muita gente incontatável e operações de busca prosseguem após erupção do Vulcão de Fuego

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O balanço de vítimas na sequência da erupção do Vulcão de Fuego, na Guatemala, foi atualizado para este terça-feira de manhã para 69 mortos, a maioria por asfixia por sufocação, e pelo menos 46 feridos, alguns em estado grave.

Milhares de animaisforam também afetados, domésticos, rurais e selvagens.

O exército tem revelado também preocupação em retirar os animais das zonas afetadas e estão a ser publicados apelos para tambéms serem doados alimentos para cães, gatos, coelhos e outros animais recolhidos (vídeo em rodapé)

O aumento da intensidade da chuva nos próximos dias ameaça agravar as condições das operações de busca e resgate no perímetro de segurança em torno do vulcão.

A erupção aconteceu domingo. A nuvem piroclástica, de cinzas e matéria expelidas pelo vulcão, cobriu boa parte da região, afetando cerca de 1,7 milhão de pessoas. Mais de 3200 pessoas foram deslocadas e pelo menos 1690 foram acolhidas em abrigos.Há ianda muita gente incontactável.

O Instituto Nacional de Sismologia, Vulcanologia, Meteorologia e Hidrologia (Insivumeh) revela que a atividade do Vulcão de Fuego voltou ao normal, embora ainda se registem algumas explosões moderadas, o que mantém a ameaça de uma eventual nova erupção.

O diretor do Insivumeh fala em boas condições de tempo para as operações de resgate, mas avisa que a chuva se deverá intensificar nos próximos dias e isso poderá ser um problema, sublinhou Eddy Sanchez.

As encostas do vulcão estão repletas de material incandescente e uma das ameaças colocadas pelo aumento da chuva é a eventualidade de avalanchas, que colocariam em risco as localidades mais próximas.

O governo da Guatemala criou um gabinete de emergência permanente, envolvendo vários Ministérios, numa operação liderada pela Coordenação Nacional para a Redução de Desastres na Guatemala (CONRED).

O presidente Jimmy Morales já visitou alguns dos feridos resultantes desta calamidade e mandatou, entretanto, o gabinete de ministros para apresentar um plano de reconstrução de habitações e da rede viária das zonas afetadas.

O socorro às vítimas começou por ser realizado por bombeiros voluntários, mas também o exército da Guatemala já está mobilizado na recolha de bens essenciais, que não param de chegar à região, e na ajuda à reconstrução, já iniciada, em especial das vias de acesso à zona.

Além do Estado de Emergência, o chefe de Estado declarou também três dias de luto nacional pelas vítimas desta tragédia.

O Vulcão de Fuego é um dos mais ativos da América Latina. Esta foi a sua segunda erupção do ano e, de longe, a mais grave.

Com esta região do planeta já na época dos furacões, também o relógio está a pressionar as operações de socorro em torno do vulcão.

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