Pela primeira vez na história deste galardão atribuído pelo Instituto Europeu de Patentes, quatro das seis categorias foram arrecadas por mulheres.
Saint Germain-en-laye, nos arredores de Paris foi durante um dia o "reino dos génios". Inventores de toda a Europa, dos Estados Unidos e do Canadá reuniram-se no teatro Alexandre Dumas para a entrega do Prémio Europeu do Inventor deste ano.
Pela primeira vez na história deste galardão atribuído pelo Instituto Europeu de Patentes, quatro das seis categorias foram arrecadas por mulheres: (Ursula Keller (Prémio Carreira), Ester Sans Takeuchi (Prémio de Patentes não Europeias), Jane nì Dhulchaointigh (Pequenas e Médias Empresas). Agnès Poulbot recebeu o prémio Indústria: desenvolveu um novo tipo de pneu com uma maior efeciência energética e que se regenera automaticamente.
A investigadora explica que "a grande vantagem destes pneus é a redução dos consumos, mantendo a segurança. Permite poupar um litro por cada 100 quilómentros, ou seja, quem faz 100 mil quilómetros por ano poupa mil litros e ao mesmo tempo reduz a emissão de CO2, 3 toneladas por ano".
O engenheiro holandês Erik Loopstra e o físico russo-holandês Vadim Banine venceram o prémio popular (atribuído pelo público) pela criação da tecnologia de litografia ultravioleta extrema.
O alemão Jens Frahm, um dos pioneiros da imagiologia por ressonância magnética, foi galardoado na categoria "Investigação". O biofísico acredita que "no futuro haverá um enorme leque de novas aplicações da Imagiologia por ressonância magnética. Por exemplo, todas as funções do corpo em movimento ou processo físico que ainda não podem ser estudados".
O presidente do Instituto Europeu de Patentes, Benoît Battistelli termina o mandato no final deste mês e acredita que cumpre o principal objetivo: criar uma Patente Única Europeia. Battistelli defende que "há três grandes vantagem: simplificação dos processos, porque passa a existir apenas um interlocutor; redução dos custos, menos 70% para a mesma proteção geográfica e maior segurança jurídica graças a um sistema que vigora em toda a Europa"
O enviado da euronews a esta entrega de prémios, Claudio Rosmino, lembra que "a competição global para a inovação é renhida. Em 2017, só a China apresentou metade de todas as patentes no mundo. A resposta europeia começa aqui e com a Patente Única Europeia, que deve entrar em vigor em 2019".