Áustria expulsa imãs financiados no estrangeiro e encerra mesquitas

Chanceler austríaco Sebastian Kurtz em conferência de imprensa
Chanceler austríaco Sebastian Kurtz em conferência de imprensa Direitos de autor REUTERS/Leonhard Foeger
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De  Euronews
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O chanceler conservador Sebastian Kurtz pretende combater o que designa como "o Islão político"

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O governo austríaco de coligação de direita liderado por Sebastian Kurz não deixa dúvidas: este é apenas o início de uma demonstração de distância para com a ideologia islamista e grupos religiosos fundados por estrangeiros.

E "apenas o início" traduz-se no fecho de 7mesquitas e na expulsão de 40 imãs.

Enquanto ministro da integração, Kurz havia aprovado uma lei em 2015 que bania financiamento estrangeiro de grupos religiosos e tornava obrigatória a associações muçulmanas uma posição fundamentalmente positiva face ao Estado austríaco e à sua sociedade.

"As sociedades paralelas do Islão político e tendências radicalizantes não têm lugar no nosso país," disse Kurz numa conferência de imprensa onde deixou claras as decisões governamentais, tomadas com base naquela lei.

A Áustria tem aproximadamente 600 mil residentes muçulmanos, numa população total de 8.8 milhões, a maior parte dos quais turcos ou de famílias de origem turca.

Uma sociedade gestora de uma mesquita em Viena e sob influência dos "Lobos Cinzentos", um grupo de jovens nacionalistas turco, vai ser fechado por operar ilegalmente, segundo o governo austríaco. Um grupo árabe muçulmano que gere pelo menos 6 mesquitas vai também ver os locais de culto fechados. Já os imãs visados pela expulsão, são identificados como próximos de um grupo muçulmano próximo do governo turco e a base argumentativa é o financiamento por fundos estrangeiros. 

O porta-voz presidencial turco, Ibrahim Kalin, já enquadrou a medida como parte de uma onda discriminatória, racista e islamofóbica.

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