Cimeira do G7 marcada por guerra comercial termina em desacordo, depois de Trump retirar bruscamente apoio ao comunicado final do encontro
A cimeira do G7 terminou em fiasco, com Donald Trump a retirar bruscamente o apoio ao comunicado final do encontro, centrado na guerra comercial internacional.
O presidente norte-americano justificou a decisão com as declarações do anfitrião, o primeiro-ministro canadiano, no discurso de fecho da cimeira, que classificou de "falsas".
Justin Trudeau tinha dito que as novas taxas aduaneiras aplicadas pelos Estados Unidos às importações de aço e alumínio eram "insultantes".
Trudeau frisou que "não ajudam as renegociações do NAFTA e lamentavelmente, mas com toda a certeza, [o Canadá] avançará com medidas de retaliação a 1 de julho, aplicando tarifas equivalentes às que os Estados Unidos aplicaram injustamente".
Antes de deixar a cimeira, Trump tinha voltado a queixar-se de que os Estados Unidos ´"têm sofrido abusos comerciais durante décadas".
O presidente norte-americano defendeu que "isso vai mudar. Não é uma questão de "esperar que mude". Há 100 por cento [de certeza] que vai mudar. As tarifas vão descer significativamente, porque não podem continuar [a aplicá-las]. [Os Estados Unidos] são o mealheiro de onde todos roubam e isso vai acabar".
Numa cimeira de desacordos, outro dos grandes pontos de discórdia entre Trump e os restantes líderes do G7 foi a proposta do presidente norte-americano de reintegração da Rússia, excluída depois da anexação da Crimeia, em 2014. Uma ideia categoricamente rejeitada pelo europeus.