Enviado da ONU para o Iémen espera retomar negociações de paz em julho

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De  Sandra Valdivia Teixeira
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Conflito fez cerca de 10 mil mortos em três anos

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O enviado da ONU para o Iémen, Martin Griffiths espera retomar as negociações de paz em julho. Segundo fontes diplomáticas não identificadas, o enviado terá dito que todas as partes estão empenhadas em relançar o diálogo político.

A agência de notícias espanhola EFE, diz que Griffiths já apresentou o novo plano.

Esta segunda-feira, aviões da coligação árabe bombardearam o aeroporto de Hodeida, o principal porto do Iémen, no mar Vermelho.

Este aeroporto é a porta de entrada de quase toda a ajuda ao país. A zona é controlada pelos huthis, que abastecem por aqui o seu bastião na capital Saná.

O Alto-Comissário para os Direitos Humanos das Nações Unidas, Zeid Ra'ad al-Hussein, diz estar muito preocupado com os bombardeamentos liderados pela Arábia Saudita, que colocam em risco a entrega de ajuda externa: "Sublinho a minha preocupação com os ataques contínuos da coligação liderada pelos sauditas e Emirados Árabes em Hodeida, que poderão resultar em mais baixas civis e ter um impacto desastroso na ajuda humanitária que chega pelo porto e que salva a vida a milhões de pessoas".

Os sauditas entraram na guerra em 2015, com o pretexto do apoio do rival Irão aos huthis, que ocupam vastas regiões do país.

O conflito fez já cerca de 10 mil mortos em mais de três anos.

As Nações Unidas dizem que 22 milhões de iemenitas dependem de ajuda humanitária e mais de 8 milhões estão perto de morrer à fome.

Para a maioria, o porto de Hodeida é a única salvação.

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