Após o desembarque, no domingo, dos 629 migrantes resgatados no Mediterrâneo, o Aquarius deixa para trás Espanha e críticas à forma como alguns líderes europeus lidaram com a operaçâo de salvamento.
Depois de centenas de migrantes resgatados no mar terem desembarcado no porto de Valência, no passado domingo, o Aquarius parte rumo a novas missões.
"A missão do SOS Mediterrâneo vai continuar no mar. Enquanto precisarem do Aquarius, nós estaremos lá", afirmou Nicola Stalla, coordenador de buscas da organização não governamental (ONG) SOS Mediterrâneo, durante o desembarque em Valência.
A embarcação de resgate tem uma capacidade máxima para 550 pessoas, mas chegou a acolher os 629 migrantes resgatados no Mediterrâneo, enquanto esperava autorização para aportar em Itália. A permissão acabou por vir de Espanha.
Para os Médicos Sem Fronteiras, a operação refletiu a incapacidade de os políticos europeus lidarem com o fenómeno da migração. Aos jornalistas, Taloys Vimard, médico da ONG, disse que "deixamos para os políticos tirar responsabilidades. Acreditamos que toda esta história mostrou como os políticos não assumiram as suas responsabilidades e violaram até a lei. A lei internacional marítima".
O Aquarius já deixou Valência. Para trás, ficam uma operação de salvamento de oito dias e o destino de centenas de vidas nas mãos dos líderes europeus.