A esquecida Rota dos Balcãs

A esquecida Rota dos Balcãs
De  Jorgen Samson e António Oliveira e Silva
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A Euronews esteve numa pequena localidade bósnia, onde a crise dos migrantes e refugiados é um problema bem real.

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A Euronews esteve na pequena localidade bósnia, no extremo noroeste do país, próxima da fronteira com a Croácia, onde a chamada Rota dos Balcãs, apesar de esquecida pelos media europeus, continua bem presente e bem real.

Velika Kladusa, conta com cerca de cinco mil habitantes. Atualmente, encontram-se na localidade cerca de mil migrantes, que atravessavam o país com o objetivo de chegar a países como a Alemanha, França ou It´alia, que percebem como as zonas de melhor acolhimento na Europa.

Mas o fecho da Rota dos Balcãs, no pico da chamada crise dos migrantes e refugiados, em 2016, fez com que muitas famílias ficassem, literalmente, pelo caminho.

Pelo caminho em terras como Valika Kladusa, onde sobrevivem graças à ajuda dos locais ou de Organizações Não Governamentais. Para os habitantes da cidade, os problemas acumulam-se: violência, tensão, sensação de insegurança... E a paciência vai acabando.

"Comeaçaram os problemas"

Uns Ljajic é estudante em Valika Kladusa. Explicou à Euronews que entende que chegam cheios de problemas, mas que começaram vários problemas.

"Começam a acontecer coisas más. Eles chegam aqui devastados. Noutra noite, houve mesmo um crime, noutro dia houve um esfaqueamento e violência. Estamos a ficar assustados."

As câmaras captam um momento de tensão entre migrantes no parque da cidade.Grtupos de jovens passeiam-se no centro de Valika Kladusa. Há zaragatas e muitos dos residentes preferem não ir para o parque.

A Euronews falou depois com dois dos jovens que se encontravam no parque. O primeiro pediu que abrissem a rota:

"Precisamos de chegar a Itália, França ou à Alemanha. Não vamos à Eslovênia para ficar ou à Croácia para ficar."

Um beco sem saída

Outro, mais breve, apenas pediu à chanceler alemã que resolvesse o problema:

"Por favor, Merkel, abra a fronteira. Não podemos mais."

Os migrantes em Valika Kladusa encontram-se num beco sem saída para quem procura uma vida melhor. Mas num beco sem saída é como dizem sentir-se também os bósnios desta pequena localidade.

Todos pensam agora no que fará Bruxelas quando os líderes se encontram reunidos para debater as migrações no Mediterrâneo.

Mas em Vlika Kladusa, as pessoas sentem-se pedem alternativas à chamada Rota dos Balcãs.

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