Mar calmo multiplica resgates de migrantes no Estreito de Gibraltar

Mar calmo multiplica resgates de migrantes no Estreito de Gibraltar
Direitos de autor REUTERS/Jon Nazca
Direitos de autor REUTERS/Jon Nazca
De  Rodrigo Barbosa com Reuters / EFE
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Boas condições meteorológicas dos últimos dias facilitam tentativas de travessia do Mediterrâneo e serviços de resgate espanhóis recuperaram centenas de migrantes no Mediterrâneo

PUBLICIDADE

Os Serviços de Resgate Marítimo de Espanha recuperaram, desde a madrugada desta quarta-feira, cerca de uma centena de migrantes que tentavam atravessar o Estreito de Gibraltar, a rota mais curta entre a África e a Europa na parte ocidental do Mar Mediterrâneo.

Os resgatados são conduzidos para o porto de Algeciras, onde recebem assistência da Cruz Vermelha.

Askandar Fereti, um migrante de 24 anos proveniente dos Camarões diz que "sabia que poderia morrer" na travessia, mas confiou "em Deus". E acrescenta que os que querem fechar as fronteiras aos migrantes "não pensam como deve ser. Os migrantes não vêm para fazer coisas más, mas à procura de uma vida diferente, uma vida melhor".

Um mar calmo e condições meteorológicas favoráveis têm multiplicado as tentativas de travessia nos últimos dias. 

A coordenadora de emergências da Cruz Vermelha em Algeciras, Lidia Alonso, afirma que "os que têm chegado estes dias estão em boas condições. Não há muitos casos de hipotermia ou ferimentos. É verdade que, nos dias anteriores, apareceram muitas pessoas com queimaduras, sobretudo provenientes de Marrocos ou da Argélia, porque chegavam em barcos a motor".

Na terça-feira, foram recuperados 273 migrantes em vários barcos no Estreito de Gibraltar e outros 132 mais a leste, elevando para cerca de 1800 o número de resgatados em quatro dias de mal calmo.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Mais de 200 mortos nos últimos dias no Mediterrâneo

Muitas pessoas continuam a morrer no Mediterrâneo

Um arquiteto juntou-se a 17 famílias e nasceu a primeira cooperativa de habitação em Madrid