A capital do país foi palco de protestos recentes contra a crise económica
No rescaldo dos protestos em massa no Irão, o Presidente Hassan Rohani deixou um recado. Disse que os EUA não vão conseguir derrotar o país com recurso à pressão económica.
"Como sempre, os EUA querem separar o poder e glória da República Islâmica do Irão. A grandeza do sistema e a nação com um novo método", sublinhou o chefe de Estado durante um discurso.
As manifestações começaram no domingo, em plena capital do país. Na segunda-feira, uma multidão invadiu o Grande Bazar de Teerão em protesto contra a crise económica e a subida do rial, a divisa iraniana. Muitos comerciantes foram obrigados a fechar as bancas e mobilizaram-se.
Desde que os EUA abandonaram o acordo nuclear com o Irão, em maio, o rial depreciou mais de 40%. Muitos iranianos esperam meses ainda mais difíceis pela frente com as duras sanções que se avizinham.
Em agosto, os EUA vão restringir a capacidade do Irão de comprar dólares norte-americanos e de qualquer negociação global em ouro, carvão, aço, divisas e dívida. Washington também deverá impor sanções nas exportações de petróleo e energia, nos portos e aeroportos.
Na terça-feira, os EUA anunciaram ainda que em novembro vão impor sanções contra todos os importadores de petróleo iraniano.
O cenário expectável de deterioração da economia deverá impulsionar o movimento reivindicativo.