Robô explorador de minas com tecnologia portuguesa

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O robô foi desenhado no Porto, no norte de Portugal, no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência.

Uma equipa de cientistas de vários países europeus, incluindo Portugal, concebeu um robô para explorar minas submersas. Há milhares de minas submersas na Europa. Algumas têm valor industrial. O robô desenvolvido no âmbito do projeto europeu Unexmin poderá ajudar a identificá-las.

Uma parte do projeto decorre na Finlândia. Nos anos 60, uma mina de pegmatito, em Kaatiala, na Finlândia foi encerrada e inundada. Hoje, é terreno de teste para a equipa de investigadores europeus do projeto Unexmin.

"Queremos sondar as minas submersas porque apesar de algumas já não terem minerais muitas outras foram abandonadas por razões económicas. Por isso ainda podem ter minerais com valor ou podem ter novos minerais", explicou Jussi Aaltonen, engenheiro na área da Mecatrónica da Universidade de Tecnologia de Tampere.

Graças ao esforço coletivo, os investigadores conceberam um robô de sessenta centímetros de diâmetro capaz de descer a 500 metros de profundidade.

"O robô pode passar mais tempo debaixo de água que um mergulhador humano. Pode sobreviver cinco horas mesmo a grande profundidade porque ao contrário dos humanos precisa apenas de eletricidade para se manter sob pressão debaixo de água", contou Norbert Zajzon, coordenador do projeto Unexmin e professor do Instituto de Geologia da Universidade de Miskolc.

O papel dos investigadores portugueses

O objetivo dos investigadores é programar o robô para operar num ambiente natural de forma autónoma. A equipa espera que, daqui a alguns meses, a máquina possa sair e entrar sozinha numa mina.

O robô foi desenhado no Porto, no norte de Portugal, no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência.

Graças à tecnologia sonar, aos radares laser, às câmaras e sensores, o robô consegue perceber o meio que o rodeia.

Segundo os investigadores portugueses, um dos aspetos fundamentais na construção do robô foi a miniaturização.

"Nós temos um computador de alta performance que tem uma dimensão que até há uns anos atrás teria sido impossível de obter. Os sistemas laser foram desenvolvidos no INESCTEC. Fomos nós que desenvolvemos todo o sistema de raiz e um dos critérios importantes foi atender à miniaturização", explicou Alfredo Martins, investigador português especialista em robótica, do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESCTEC).

Além de poder explorar minas submersas, o robô pode ser usado em operações de socorro e missões de avaliação de riscos ambientais.

"Há atualmente, um problema ambiental numa mina de sal na Ucrânia. Logo que terminemos o projeto, eles querem a nossa ajuda para ver o que se passa nas minas que desmoronaram porque é muito perigoso enviar mergulhadores humanos", contou o coordenador do projeto europeu Unexmin.

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