São dezenas as vítimas mortais dos incêndios na Grécia. O governo decretou três dias de luto nacional e pediu ajuda à União Europeia para fazer face à tragédia.
São já 74 as vítimas mortais dos violentos incêndios que devastaram a região de Ática, na Grécia. As autoridades temem que este número venha a aumentar.
Equipas da Cruz Vermelha percorrem o terreno por onde passaram as chamas à procura de sobreviventes.
O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, decretou 3 dias de luto nacional.
Em fase de rescaldo, diversos meios aéreos operam na zona para garantir que a situação está sob controlo.
Um homem, a quem a casa não ardeu por sorte, conta: ''Saímos literalmente no último minuto. Vimos o fogo a 200 metros daqui. Eu tinha o carro preparado. De repente, havia um fumo muito espesso e um vento muito forte, não podíamos respirar. Felizmente a minha mulher tinha trazido toalhas molhadas e água e conseguimos fugir. Ficámos bloqueados uns metros mais à frente porque havia muito tráfego. Era o pânico, as pessoas gritavam por ajuda."
Outro, que perdeu tudo, relata: ''Subitamente começámos a ouvir explosões. Vidros a partirem, botijas de gás e depósitos de combustível dos carros a explodirem. Então, o meu instincto disse-me: é preciso fugir, não dá mais".
O pânico generalizou-se. Muitas pessoas quiseram ficar para tentarem salvar os seus bens, mas rapidamente perceberam que tinham que partir urgentemente.
Uma jovem recorda: "As pessoas corriam pelas ruas a gritarem 'estamos queimados, quem nos ajuda' ".
A repórter da Euronews, Fay Doulgkeri, esteve no terreno: '' De acordo com testemunhas oculares, o incêndio que eclodiu no leste da Ática espalhou-se muito rapidamente. Pessoas que viveram o horror dizem que tudo aconteceu no espaço de uma hora. Alguns correram para a praia mais próxima e salvaram-se, mas outros ficaram presos e não conseguiram. As pessoas que foram resgatadas dizem que precisam da ajuda do estado para continuar suas vidas'.'