Charlie Rowley diz que "perfume" que ofereceu à namorada continha "Novichok"

Charlie Rowley diz que "perfume" que ofereceu à namorada continha "Novichok"
De  Pedro Sacadura
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Sobrevivente ao poder destrutivo do agente químico manifestou-se numa entrevista exclusiva à estação de televisão ITV

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Sem saber, Charlie Rowley, vítima de exposição ao agente químico "Novichok" no sul de Inglaterra, ofereceu um "presente" envenenado à namorada, precipitando a morte de Dawn Sturgess.

Em entrevista à estação de televisão ITV, a primeira desde que abandonou o hospital onde esteve internado, disse ter encontrado uma caixa selada com um frasco de perfume que conservou mais tarde na casa de Amesbury antes de a oferecer a Sturgess.

"Era uma caixa com cerca de 8x8 centímetros, com pouco mais de um centímetro de espessura e uma garrafa de vidro no interior. Acabei por verter algum conteúdo nas minhas mãos mas lavei-as na torneira", sublinhou Rowley que revelou ter sentido uma substância "oleosa" que "não cheirava a perfume" no momento em que tentava colocar o dispensador de conteúdo na garrafa.

Dawn Strugess, de 44 anos, foi mais longe ficando mais exposta. Acabou por morrer no hospital de Salisbury.

"Recordo-me de ela borrifar o conteúdo nos pulsos e de os esfregar. No espaço de 15 minutos, penso eu, a Dawn disse que tinha dores de cabeça. Perguntou-me se tinha comprimidos. Fui à casa de banho e encontrei-a na banheira, vestida e deitada em muito mau estado", acrescentou o sobrevivente.

Rowley esteve inconsciente durante várias semanas. O incidente ocorreu depois do polémico envenenamento do antigo espião russo Sergueï Skripal e da filha Yulia no Reino Unido com o mesmo agente químico. Os dois sobreviveram mas o caso provocou um conflito diplomático com a Rússia.

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