Candidatos favoritos às presidenciais no Zimbabué já votaram

Candidatos favoritos às presidenciais no Zimbabué já votaram
De  Isabel Marques da Silva
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Depois de quase 40 anos de governação nas mãos de Robert Mugabe, mais de cinco milhões de eleitores são chamados a participar nas primeiras presidenciais livres no Zimbabué. Emmerson Mnangagwa, líder do ZANU-PF, no poder, e Nelson Chamisa, do MDC-T, na oposição, já depositaram o seu voto.

PUBLICIDADE

Depois de quase 40 anos de governação nas mãos de Robert Mugabe, mais de cinco milhões de eleitores são chamados a participar nas primeiras presidenciais livres no Zimbabué.

O Presidente é eleito por maioria absoluta e se não for apurado, esta segunda-feira, haverá segunda volta a 8 de setembro.

As sondagens indicam que Emmerson Mnangagwa, de 75 anos, poderá continuar no cargo, que assumiu enquanto novo líder do ZANU-PF, depois da saída forçada de Mugabe, em novembro do ano passado.

Depois de colocar o voto na urna, na cidade de Kwekwe, Mnangagwa foi questionado pelos jornalistas sobre a acusação de Mugabe de que as eleições não seriam livres porque estavam a ser organizadas por um "governo militar".

"Posso assegurar-lhe que este país está a desfrutar da liberdade democrática como nunca no passado", disse Mnangagwa.

A pouca distância nas sondagens está Nelson Chamisa, de 40 anos. O advogado e pastor é o rosto do principal partido da oposição, MDC-T, desde a morte do líder histórico, Morgan Tsvangirai, em fevereiro.

Chamisa, que aperfeiçoou suas habilidades retóricas no tribunal e no púlpito, atraiu eleitores jovens e desempregados frustrado com quase quatro décadas do ZANU-PF.

"A vitória é certa, o povo pronunciou-se", disse Chamisa depois de votar, em Harare, perante uma multidão que o aplaudiu e cantou: "Presidente! Presidente! O Presidente está aqui!".

Na véspera das eleições, o antigo Presidente disse que se sentia traído e que  ia votar na oposição. Mnangagwa acusou Robert Mugabe de ter um acordo com o jovem Nelson Chamisa.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Morreu Morgan Tsvangirai, "némesis" de Mugabe

Moldova denuncia esforços da Rússia para influenciar referendo sobre UE

Presidenciais eslovacas: vitória de Pellegrini reforça governo eurocético de Robert Fico