Espanha passa a primeira porta de entrada de migrantes na Europa

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De  Isabel Marques da Silva
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Os cerca de 1400 migrantes que a Guarda Costeira espanhola processou, nos últimos três dias, mostram uma nova tendência na travessia do mar Mediterrâneo: Espanha ultrapassou a Itália como primeira porta de entrada de migrantes na Europa.

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Os cerca de 1400 migrantes que a Guarda Costeira espanhola processou, nos últimos três dias, mostra uma nova tendência na travessia do mar Mediterrâneo: Espanha ultrapassou a Itália como primeira porta de entrada de migrantes na Europa.

No primeiro semestre deste ano, o país acolheu quase 21 mil migrantes, uma cifra muito próxima dos cerca de 22 mil que chegaram ao longo de todo o ano de 2017. Espanha foi o destino de 38 por cento dos migrantes que entraram no espaço europeu, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações.

O executivo de Madrid planeia abrir um novo centro de acolhimento para 600 pessoas em Algeciras, já que este porto da Andaluzia é um dos mais centrais no desembarque dos migrantes.

O ministro da Administração interna de Espanha, Fernando Grande-Marlaska, visitou a obra que disse estar a ser feita em contra-relógio e depois viajou para a Mauritânia, para tentar delinear estratégias de combate à imigração ilegal.

Fernando Grande-Marlaska aproveitou para criticar a falta de proatividade do anterior governo de centro-direita: "Este é um problema europeu, por isso, precisamos de uma solução europeia. Não é algo que nos apanhe de surpresa, pelo que já deveria existir um plano de trabalho. Disse muitas vezes que não foi feito nenhum planeamento pelo anterior governo".

A decisão da Itália de fechar os portos a migrantes, criticada pelo governo espanhol, levou os passadores a optarem cada vez mais pela rota oeste, com saídas da Argélia e de Marrocos para Espanha.

Na semana passada, a Comissão Europeia apresentou propostas para apoiar os Estados- membros a implementar novas infra-estruturas de processamento de requerentes de asilo, dentro da União e em países terceiros.

Mais de 1200 imigrantes morreram, ou desapareceram, no mar, este ano, dos quais cerca de 300 em águas territoriais espanholas.

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