Milhares de mulheres nas ruas de Seul contra o "molka"

Milhares de mulheres nas ruas de Seul contra o "molka"
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De  Antonio Oliveira E Silva com AFP e Reuters
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Manifestantes exigem penas mais duras para agressores e mais regulamentação na venda de câmaras de pequeno porte.

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Uma nova manifestação contra a forma de agressão sexual conhecido como "molka" teve lugar na Coreia do Sul este sábado, com dezenas de milhares de mulheres a exigirem ao Governo medidas mais duras contra a recolha ilegal de imagens de mulheres na intimidade.

As manifestantes pediram o agravamento de penas para os condenados e mais regulamentação na venda de câmaras de pequeno porte.

Os organizadores falam em cerca de 70 mil mulheres presentes nas ruas da capital sul-coreana. Serão mais 10 mil do que na última manifestação, que teve lugar em julho, apesar das elevadas temperaturas que se faziam sentir.

O movimento contra o fenómeno conhecido como molka começou em maio e depressa se transformou nas mais importantes manifestações da Coreia do Sul, em parte devido à influência do movimento MeToo.

O fenómeno "molka" supõe a instalação de câmaras ocultas, as chamadas spycams em casas de banho, balneários ou piscinas e mesmo debaixo de secretárias, usadas para filmar as mulheres na intimidade. 

O conteúdo encontra-se depois na internet como pornografia. Muitos dos vídeos são mesmo usados como publicidade para negócios relacionados com prostituição.

Em 2010 registaram-se cerca de mil queixas de mulheres por causa da prática do "molka". No ano passado, foram cerca de 6500. Houve vários casos de suicídio nos últimos anos.

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