Maior pelotão na corrida à presidência do Brasil desde 1989

Jair Bolsonaro (PSL), Geraldo Alckmin (PSDB) e Lula da Silva (PT) na luta
Jair Bolsonaro (PSL), Geraldo Alckmin (PSDB) e Lula da Silva (PT) na luta
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De  Francisco Marques
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O derradeiro fim de semana de convenções partidárias para escolha de candidatos fechou com 13 cabeças de lista, incluindo o condenado e grande favorito Lula da Silva

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O Brasil vai contar este ano com 13 candidatos à Presidência da República. É o maior número desde os 22 que entraram na corrida de 1989, ganha então por Fernando Colloer de Mello (PRN).

Apesar de continuar atrás das grades, mas com esperança de ainda ser elegível, Lula da Silva mantém-se na frente (30%) das intenções de voto.

O candidato pelo Partido dos Trabalhadores (PT) tem o "vice" Fernando Haddad como alternativa no boletim de voto.

Haddad afirmou esta terça-feira, ao lado da deputada comunista Manuela D'Avila, estar pronto para levar de vencida as eleições, se Lula for impedido de concorrer. D'Avila assume-se como a "vice" na lista alternativa do PT.

A estratégia "petista" centra-se na rivalidade com o PSDB e ignora o segundo melhor colocado nas sondagens (17%), o candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro (Partido social Liberal, PSL).

Sem alianças relevantes, alguns analistas também colocam Bolsonaro de lado e anteveem mais uma corrida entre o candidato da esquerda (PT) e o centrista Geraldo Alckmin.

O candidato dos Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) conseguiu coligar-se neste último fim de semana com mais nove partidos do centro-direita e isso deverá dar a Alckmin uma forte presença nos meios de comunicação durante a campanha.

Essa maior exposição poderá ser importante para o candidato tentar esbater o deceção dos brasileiros com o PSDB devido aos casos de corrupção.

A correr por fora surge mais uma vez Marina Silva. A terceira mais votada nas eleições de 2010 e 2014, respetivamente pelo Partido Verde e pelo Partido Socialista Brasileiro, foi confirmada no sábado como cabeça de lista pelo Rede.

O candidato da continuidade é Henrique Meirelle, visto pelo camarada e presidente cessante Michel Temer como a solução para prosseguir com as reformas de que o país precisa. As sondagens, contudo, não lhe são muito favoráveis.

Os partidos têm até 15 de agosto para registar os respetivos candidatos e até 17 de setembro para alterar o cabeça de lista.

O esperado impedimento eleitoral de Lula da Silva, devido à chamada Lei da ficha da Limpa, deverá lançar a confusão nas intenções de voto das eelições presidenciais marcadas no Brasil para o dia 07 de outubro.

Outras fontes • Estadão, Reuters

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