China contra-ataca na "guerra comercial" com os Estados Unidos

China e Estados Unidos agravam braço-de-ferro nas alfândegas
China e Estados Unidos agravam braço-de-ferro nas alfândegas Direitos de autor REUTERS/Jason Lee/Arquivo
De  Francisco Marques com reuters
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Governo de Pequim anuncia já para agosto novas taxas de 25 por cento sobre a importação de centenas de produtos de fabrico americano

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A China decidiu impor taxas adicionais de 25 por cento sobre mais de 300 produtos oriundos dos Estados Unidos, num volume de negócios avaliado em 16 mil milhões de dólares (quase 14 mil milhões de euros).

Entre os novos produtos alvos de taxas pelo governo de Pequim, na guerra comercial com Washington, incluem-se importações nos setores dos combustíveis, do aço, dos automóveis e dos equipamentos médicos.

As novas tarifas vão começar a ser cobradas já a 23 de agosto, anunciou o ministro chinês do Comércio.

A decisão de Pequim surge praticamente em resposta às novas taxas alfandegárias anunciadas em julho pelos Estados Unidos e cuja lista final de produtos afetados foi revelada na semana passada, atingindo exportações chinesas na ordem dos quase 34 mil milhões de dolares (quase 30 mil milhões de euros).

O presidente Donald Trump pretendia aumentar a pressão em busca de concessões comerciais de Pequim, mas o governo de Xi Jinping cumpriu a ameaça de responder na mesma moeda, num braço-de-ferro entre as duas maiores economias do mundo.

A nova lista de produtos americanos taxados à entrada na China integra mais do dobro (333) dos 114 produtos anunciados previamente em junho.

Uma primeira remessa de produtos americanos avaliados em 34 mil milhões de dólares começou a ser taxada a 06 de julho.

Em cima da mesa está ainda a eventual aplicação pela China de mais taxas sobre outro conjunto de produtos americanos avaliado em 60 mil milhões de dólares (mais de 50 mil milhões de euros), numa proposta surgida após Trump ter também suerido o agravamento das tarifas sobre mais 200 mil milhões (mais de 170 mil milhões de euros) de importações oriundas do maior rival comercial.

Outras fontes • Xinhua

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